Tokens, altcoins e stablecoins: entenda as diferenças

Tokens, altcoins e stablecoins: entenda as diferenças

O universo das criptomoedas é extenso e repleto de termos técnicos que podem confundir quem está começando. Entre as principais categorias, destacam-se coins, altcoins, tokens e stablecoins, cada uma com funções e particularidades próprias.

Compreender essas distinções é fundamental para tomar decisões de investimento mais informadas e seguras.

O que são Coins?

As coins são criptomoedas com blockchain própria, desenvolvidas de forma independente para cumprir objetivos específicos. Essas moedas são responsáveis por manter toda a rede descentralizada, servindo como meio de troca, reserva de valor ou combustível para operações internas.

Exemplos emblemáticos incluem:

Bitcoin (BTC), pioneira e maior em valor de mercado, focada em reserva de valor e pagamentos peer-to-peer;

Ethereum (ETH), projetada para suportar contratos inteligentes e aplicações descentralizadas (dApps).

Principais características das Altcoins

Altcoin significa “moeda alternativa ao Bitcoin”. Elas podem ter blockchain própria ou funcionar como tokens em redes já existentes. O objetivo das altcoins é introduzir processos de consenso inovadores e novas funcionalidades não oferecidas pelo Bitcoin.

  • Experimentar diferentes modelos de consenso, como Proof of Stake e Proof of History;
  • Dar suporte a contratos inteligentes, privacidade avançada e escalabilidade;
  • Atender nichos específicos: jogos, finanças descentralizadas (DeFi), tokens não fungíveis (NFTs).

Entre as altcoins mais relevantes em 2025 estão Solana (SOL), Cardano (ADA), Ripple (XRP) e Polkadot (DOT).

Tokens: usos e particularidades

Ao contrário das coins, os tokens não dispõem de blockchain própria. Eles são criados sobre plataformas existentes, como Ethereum, Binance Smart Chain ou Solana, seguindo padrões como ERC-20, BEP-20 e SPL.

Esses ativos digitais desempenham funções variadas, impulsionando o ecossistema de dApps e DeFi.

  • Token de utilidade: concede acesso a serviços, produtos ou descontos dentro de uma plataforma;
  • Token de governança: permite votação em propostas e decisões de protocolo;
  • Tokenização de ativos: representa imóveis, ações ou commodities em formato digital.

O crescimento de DeFi e NFTs impulsionou a emissão massiva de tokens, tornando-os essenciais para os protocolos descentralizados.

Stablecoins: tipos e aplicações

Stablecoins são tokens criados para manter estabilidade de valor, minimizando a volatilidade típica das criptomoedas convencionais. Elas são amplamente utilizadas para facilitar transações e como reserva temporária de fundos.

  • Lastro em moeda fiduciária: atreladas a dólares, euros ou outras moedas (USDT, USDC, BUSD);
  • Lastro em commodities: vinculadas a ouro ou prata, como PAX Gold (PAXG) e DGX;
  • Algorítmicas: mantêm o valor por meio de contratos inteligentes que ajustam oferta e demanda.

Em 2025, USDT e USDC movimentam dezenas de bilhões de dólares diariamente, representando cerca de 10% do valor total do mercado cripto.

Tabela comparativa

(*) Algumas altcoins são tokens que utilizam blockchains de terceiros.

Diferenciando tecnologias e riscos

As principais diferenças entre esses ativos estão na arquitetura tecnológica, volatilidade e propósito de uso. Coins oferecem segurança de rede e independência, mas podem apresentar taxas mais altas e menor velocidade de processamento.

Tokens ampliam funcionalidades, porém dependem da performance e segurança da blockchain subjacente. Stablecoins, por sua vez, sacrificam potencial de valorização em prol da mitigação de riscos e da liquidez.

No que diz respeito ao risco, altcoins e tokens podem gerar grandes retornos em curto prazo, mas também sofrer quedas acentuadas. Stablecoins têm riscos associados à transparência de reservas e ao modelo de lastro.

Como investir com mais segurança

Para escolher entre altcoin, token ou stablecoin, é essencial definir objetivos claros: reserva de valor, especulação ou uso em protocolos DeFi. Diversificar a carteira reduz riscos e aumenta o potencial de ganhos.

Algumas dicas para investidores iniciantes e intermediários:

  • Use exchanges confiáveis e carteiras com histórico de segurança;
  • Estabeleça limites de risco e metas de lucro;
  • Acompanhe notícias sobre regulação e auditorias de contratos inteligentes;
  • Participe de comunidades para discutir estratégias e oportunidades.

Visão de futuro e tendências

O setor de DeFi, NFTs e tokenização de ativos deve continuar em expansão, trazendo novas soluções de financiamento, seguros e mercados de capitais descentralizados. A regulação global tende a se intensificar, impactando principalmente as stablecoins atreladas a ativos fiduciários.

O desenvolvimento de novas blockchains de camada base e protocolos de interoperabilidade pode aprimorar a comunicação entre redes, reduzindo custos e aumentando a adoção em massa.

Conclusão

Coins, altcoins, tokens e stablecoins formam o ecossistema cripto, cada um com suas qualidades e limitações. Com conhecimento e planejamento, é possível aproveitar o melhor de cada categoria, equilibrando segurança, inovação e potencial de valorização.

Ao compreender as diferenças e adotar boas práticas de investimento, você estará mais preparado para navegar nesse mercado dinâmico e volátil.

Felipe Moraes

Sobre o Autor: Felipe Moraes

Felipe Moraes, 36 anos, escreve para o hecodesign.com com o objetivo de ajudar pessoas comuns a tomarem decisões melhores sobre crédito, consumo e empréstimos.