Refinanciamento: como fazer e quando é vantajoso

Refinanciamento: como fazer e quando é vantajoso

O refinanciamento é a oportunidade de renegociar um contrato de crédito já existente, ajustando condições como prazo, valor das parcelas e taxa de juros. Com essa operação, você pode proporcionar flexibilidade financeira e alívio imediato ao seu orçamento, além de reorganizar dívidas.

Este artigo detalha o conceito, tipos, vantagens, riscos e o passo a passo para você entender como tomar a decisão mais consciente e aproveitar as melhores condições no mercado.

O que é refinanciamento

O refinanciamento consiste na renegociação de um empréstimo ou financiamento vigente, feita habitualmente com a mesma instituição financeira. Nesse processo, o saldo devedor do contrato original é quitado e substituído por um novo contrato, com condições revistas de prazo, juros e valor das parcelas.

O principal objetivo desse procedimento é proporcionar maior tranquilidade ao devedor, além de permitir melhorar sua saúde financeira sem recorrer a um novo empréstimo.

Tipos de refinanciamento

Vamos explorar os dois principais modelos de refinanciamento disponíveis no mercado.

  • Refinanciamento com troco: Neste modelo, o cliente quita o saldo devedor do contrato original e recebe a diferença já paga em forma de crédito adicional, o famoso “troco”. Por exemplo, se houver R$8.000 de saldo e o valor original era de R$10.000, o cliente recebe R$2.000 como troco.
  • Refinanciamento sem troco: Apenas as condições de prazo e valor das parcelas são ajustadas. Não há liberação de valor extra, o foco é melhorar o fluxo de caixa mensal.

Quando é vantajoso refinanciar

Refinanciar torna-se atraente em diferentes cenários, como:

  • Redução significativa na taxa de juros em comparação ao contrato original.
  • Dificuldade de manter o pagamento das parcelas no valor atual.
  • Desejo de consolidar várias dívidas em um único contrato.
  • Necessidade de liberar recursos para emergências ou imprevistos.
  • Oportunidade de ajustar o prazo de pagamento conforme seu planejamento.

Antes de fechar, é imprescindível comparar cuidadosamente taxas e encargos para garantir que o refinanciamento traga benefícios reais.

Vantagens do refinanciamento

Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Taxas de juros mais baixas, variando conforme o perfil e a modalidade do crédito.
  • Aumento do prazo de pagamento, permitindo reduzir o valor das parcelas mensais.
  • Possibilidade de receber crédito adicional através do troco, sem elevar o endividamento.
  • Processo mais simples e rápido que a contratação de um novo empréstimo.
  • Melhora na organização e previsibilidade do orçamento familiar.

Em alguns bancos, o empréstimo consignado pode chegar a taxas a partir de 1,55% ao mês, com prazos de até 96 meses.

Requisitos e processo

Para solicitar o refinanciamento, em geral, é necessário ter pago uma parte mínima do contrato original e apresentar documentos pessoais como identidade, comprovante de renda e comprovante de residência. Em casos de garantia real, custos de cartório ou encargos administrativos podem ser aplicados.

Ao final, o contrato original é substituído pelo novo, refletindo as condições negociadas.

Riscos e cuidados

Embora atraente, o refinanciamento envolve riscos. Aumentar o prazo de pagamento pode resultar em maior custo total, mesmo com parcelas menores. Se houver garantia de bem, como imóvel ou veículo, existe o risco de perder o bem em caso de inadimplência.

Além disso, custos extras como tarifas, impostos e seguros podem elevar o valor final pago. Portanto, é essencial ler atentamente cada cláusula e não se deixar levar por ofertas aparentemente imperdíveis, sempre avaliando o CET total.

Refinanciamento x portabilidade

É importante diferenciar refinanciamento de portabilidade de crédito. No refinanciamento, você renegocia o contrato com a própria instituição financeira, ajustando juros, prazos e até recebendo troco em algumas modalidades.

Na portabilidade, o saldo devedor é transferido para outra instituição, mantendo as condições originais, mas com possibilidade de negociar apenas as taxas de juros. Cada modalidade apresenta vantagens e limites específicos; portanto, avalie seu perfil e as ofertas disponíveis antes de optar por uma delas.

Exemplos práticos e condições de mercado

No empréstimo consignado, as taxas podem variar de 1,61% a 1,90% ao mês, com prazos entre 6 e 96 meses. Em processos de portabilidade, algumas instituições oferecem taxas a partir de 1,55% ao mês para contratos de até 96 meses. Essas condições dependem do perfil do cliente e do volume contratado.

Em financiamentos imobiliários ou de veículos, as taxas costumam ser superiores, exigindo avaliação criteriosa e comparação entre bancos.

Dicas finais antes de contratar

Antes de fechar, faça simulações em diferentes bancos e plataformas online, reveja o CET total e esteja atento a tarifas administrativas. Planeje seu orçamento de forma realista, reservando margem para imprevistos e evitando comprometer uma parte excessiva da renda. Por fim, mantenha registros e provas de todas as etapas do processo para proteger seus direitos.

Com planejamento financeiro sólido e eficaz, o refinanciamento pode ser a chave para conquistar maior tranquilidade financeira e retomar o controle do seu orçamento.

Maryella Faratro

Sobre o Autor: Maryella Faratro

Maryella Farato, 29 anos, é colunista do hecodesign.com, onde escreve sobre finanças com olhar empático e educativo, especialmente voltado ao público que já sofreu com dívidas ou desorganização financeira.